Israelenses desenvolvem "scanner de comportamento" para aeroportos
da Folha Online
As longas esperas nos aeroportos para atravessar o detector de metais vão ser coisa do passado: especialistas de segurança de Tel Aviv, em Israel, estão desenvolvendo uma mudança na análise das bagagens para verificar o comportamento e o humor dos passageiros, a partir de um "scanner de comportamento".
"O desenvolvimento dessa tecnologia existe porque há a necessidade de um novo paradigma, quando pensamos em segurança", disse o diretor da sede israelense da empresa Athena GS3 à rede CNN. "É a "impressão digital do cérebro", ou seja, a tecnologia que detecta as intenções de comportamento".
"Scanner de comportamento" está em negociações com aeroportos do mundo; especialistas prometem controle de segurança eficaz
Segundo a CNN, Israel lidera as pesquisas em desenvolvimento de segurança e tecnologia, pelas constantes ameaças terroristas.
As companhias israelenses de tecnologia prometem a detecção de estado emocional e sintomas psicológicos preocupantes que um passageiro possa ter (leia-se: quando tem o intuito de cometer um ato terrorista).
Mais rápidos e menos invasivos que o detector de metais, esses sistemas podem ter uma eficácia maior para o sistema de viagens aéreas. Além disso, evitariam constrangimentos quanto ao preconceito em relação às etnias e às religiões.
Uma delas é a empresa israelense WeCU (pronuncia-se 'We See You'), que estuda a combinação das tecnologias de raios infravermelhos, sensores remotos, imagens e imagens subliminares --como uma foto de Osama Bin Laden, exibida em velocidade quase imperceptível a olho nu.
Com a combinação dessas tecnologias, pode-se identificar a reação do indivíduo a determinado estímulo, pela leitura da temperatura corporal, batimentos cardíacos e respiração. Esse controle seria feito durante 20 ou 30 segundos, a partir da respiração do passageiro.
O presidente da empresa, Ehud Givon, está negociando contratos com aeroportos internacionais em todo o mundo, e afirma que a tecnologia será implementada em 2010.
Outra companhia radicada em Israel que se dedica ao estudo é a Nemesysco. A chave para emoções pessoais, segundo a empresa, é a voz. A companhia já patenteou o LVA (sigla em inglês para Análise de Camadas de Voz), tecnologia que permite "desmembrar" a fala do passageiro. Diferente do teste de polígrafo (detector de mentiras), o sistema da Nemesysco trabalha como um "detector emocional", diz o presidente Amir Liberman. Em outras palavras, não se trata do que os passageiros dizem, mas como eles dizem.
A empresa utiliza uma série de processos algorítmicos, que podem diferenciar uma voz "normal" de uma voz "estressada". O sistema trabalha a partir da premissa de que todas as vozes possuem certa freqüência --e qualquer desvio na base desta freqüência pode indicar estresse.
Vendendo a embalagem bonita de que o sistema favorece a segurança e a comodidate, afinal é para isso que a tecnologia serve, os israelenses através de uma empresa que se chama "we see you" (Nós vemos você) pretendem criar um sistema que monitora o que as pessoas estão sentindo? Uma pessoa com disturbios bipolares por exemplo é um criminoso em potencial? Esquizofrenicos devem ir para a cadeira elétrica por que provavelmente não vão passar no teste?
Depois de ler uma noticia dessa eu chego a conclusão que os loucos estão fora dos hospicios.
Um comentário:
Lembrando que um psiquiatra nada mais é que um louco com CRM....
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