Irã derruba redes de celular e bloqueia redes sociais e Twitter
São Paulo - Governo bloqueia envio de SMSs e impede acesso ao Facebook e ao Twitter nos dias seguintes à reeleição de Mahmoud Ahmadinejad.
O governo do Irã foi acusado de derrubar redes de telefonia celular e bloquear o acesso aos iranianos a serviços online, como redes sociais e o Twitter, desde a sexta-feira (12/06) após acusações de fraudes nas eleições nacionais.
A reeleição do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad por 62% dos votos válidos foi confirmada na sexta, mesmo envolta por acusações de fraudes feitas pelo candidato oposicionista Mir Hossein Mousavi, que teve 33,7% dos votos, e que acusou a atual gestão de bloquear seu site e o envio de mensagens pelo celular no dia da votação.
A tensão no Irã após a confirmação da vitória de Ahmadinejad motivou manifestações nas ruas de cidades iranianas, como a capital Teerã, e se desdobrou para serviços online, onde apoiadores de Mousavi relatavam abusos por parte da polícia e ações contra ferramentas que facilitassem mobilizações.
Segundo o canal de notícia Al-Jazeera, o acesso ao Facebook e ao Twitter foi bloqueado a partir do sábado (13/06), junto a ações para que repórteres estrangeiros não conseguissem cobrir as manifestações para veículos internacionais.
O bloqueio a redes de telefonia celular, que impediriam o envio de mensagens de SMS, foi acusada por blogueiros, como alguns indicados pelo Boing Boing, antes da votação para presidente começar. No fim de semana, tanto o envio de mensagens como a capacidade de realizar chamadas foram bloqueadas pelo governo, diz o The New York Times.
(...)
Mousavi vem usando serviços online, como o Twitter, o Flickr e uma suposta página no Google Pages para se manifestar contra a confirmação da vitória do atual presidente, com cartas abertas contra as supostas ações truculentas do governo iraniano, e para promover manifestações contrárias à eleição.
O candidato também vem publicando em seu perfil no YouTube vídeos feitos por manifestantes dos confrontos entre os apoiadores de Mousavi contra a polícia iraniana.
As dificuldades enfrentadas pela mídia tradicional na cobertura da guerra deflagrada por Israel contra o grupo radical palestino Hamas em janeiro também foram contornadas pela ação de cidadãos que publicavam vídeos e fotos dos ataques em serviços online.
Fonte
A forma de ação política mudou completamente. Desde que Barack Obama usou massissamente ferramentas da chamada web 2.0 (Facebook, Flickr, Youtube, Twitter) e conseguiu conquistar corações e mentes, parece que os candidatos a altos cargos em diversas partes do mundo abriram os olhos para o potencial da web. Doulglas Rushkoff no seminal "Media Virus" esclarece por que as mídias colaborativa tem tanto sucesso e simpatia das pessoas. Na Web 2.0 as pessoas podem registrar sua vida e expor seu ponto de vista, assim é aberto um fórum de debate em escala global que talvez nunca tenha sido possível na história da humanidade. Qualquer pessoa pode ter voz, expor sua opinião, seu ponto de vista, denunciar contrarierdades e abusos. Não é de se estranhar que quando algum tipo de conflito entra em pauta, sempre as as conexões de internet e serviços básicos são cortados.
A algumas semanas a China tirou do ar os fóruns online, para que não existissem debates sobre o massacre na Praça da Paz Celestial, agora a mesma China estuda um filtro que supostamente servirá para combater a pornografia, mas que pesquisadores confirmam que na verdade aumentará a censura diretamente nos computadores.
As eleições para presidente no Brasil estão próximas vamos acompanhar como os candidatos daqui vão se comportar com a mídia 2.0 na campanha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário