Brave New World
Há cerca de 20 minutos terminei a leitura do livro Admirável Mundo novo de Aldous Huxley.
Dizer que o livro é perfeito seria clichê, seria também clichê dizer que é um dos clássicos da literatura Universal, mas o maior dos clichês é dizer que as previsões - se é que podemos inferir a obras literárias o poder da Mãe Diná - assustadoramente estão acontecendo. Como assim pessoas sem muita criatividade - fruto de padronização massiva - adoram clichês; eu não irei resistir e fundamentarei meu comentário nos clichês das "previsões" feitas em 1932 pelo autor.
- Cada dia que passa a morte torna-se mais banal;
- Em vez de tentar "construir" algo em conjunto com um único parceiro as pessoas se submetem a felicidades efêmeras em um apanhado de relacionamentos pastiches onde o hedonismo dita as regras do jogo¹;
- O uso do entretenimento para domesticar as massas;
- A massificação das pessoas que cada vez mais parecem ser condicionadas em um grande laboratório High Tech;
- A hipervalorização da aparência, da jovialidade e fundamentalmente do que é novo e conseqüentemente o desprezo pelo que é do passado.
Longe de querer uma volta das tradições, penso na importância de conhecer a tradição para criar algo realmente novo e revolucionário².
Muitas das questões abordadas no livro podem ser encontradas em outras obras também clássicas³, mas a maneira como descreve as relações sociais Pós-Fordistas além de impressionantes nos fazem pensar e perceber como são as nossas relações com os outros e com o nossos corações e mentes.
E o que o Admirável Mundo Novo tem a ver com o OKCOMPUT3R? Tudo meu caro leitor, afinal todo o condicionamento psico-social encontrado no livro é fruto do "progresso" científico tão presente e festejado de nossos dias.
1-Eu sei além de clichê eu sou piegas.
2-Não acredito na Revolução do Proletário, mas acredito que talvez gestos simples podem ser revolucionários, no sentido de transformar alguma coisa.
3- Além do Admirável Mundo Novo, temos o 1984 do grande Orwell, Laranja Mecânica, Neuromancer, Fahrenheit 451.
Um comentário:
Meu caro, compartilhamos uma parede e essa coisa do clichê piegas. Mas, como você mesmo disse, estamos vivendo um tempo de busca incessante pelo novo, que nem sempre é original. O que mais se vê por aí é gente que gosta de inventar a roda. Mas vamos ao principal, me empresta esse livro que esse eu não li??? Bjo, FLá.
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